quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

O segredo das grandes conquistas: O Sacrificio

O Senhor Jesus foi o sacrifício vivo que abriu a porta da Salvação para a humanidade. Não houve outra escolha para Deus, pois se houvesse outra possibilidade, Ele, certamente, teria evitado o sofrimento e a dor de Seu Filho na cruz do calvário.

No entanto, os fatos ocorridos no Jardim do Getsêmani confirmam que a Salvação só ocorreria por meio do sacrifício. Acredito que esse foi o momento mais difícil, o fundo de poço do Senhor Jesus. Mateus assinala detalhadamente que ali chegando, Ele “(...) começou a entristecer-se e angustiar-se”, a ponto de confessar: “A minha alma está profundamente triste até à morte” (Mateus 26.37,38). Do mesmo modo, Marcos registra em seu Evangelho que o Senhor, ao chegar naquele jardim, “começou a sentir-se tomado de pavor e de angústia” (Marcos 14.33).

As expressões: “alma profundamente triste”, “pavor” e “angústia” refletem bem o estado de espírito do Senhor Jesus antes de ter sido entregue nas mãos dos pecadores. Nada, porém, foi tão cruel quanto a Sua separação do Pai, nem a Sua prisão, nem o julgamento, os açoites, o escárnio e a humilhação. Daí Seu clamor de dor: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mateus 27.46).

Esses fatos nos dão uma breve noção da grandeza do sacrifício realizado por Deus em nosso favor. Daí a pergunta: será que nós, os beneficiados diretos por esse tão grande ato de amor, não temos também de corresponder com algum sacrifício em função da nossa fé em Suas promessas? Ou será que devemos ficar sempre na expectativa da compaixão divina?

É justamente isso o que muitos pregadores do Evangelho têm ensinado. Segundo eles, não precisamos fazer nenhum tipo de sacrifício, pois o que o Senhor Jesus fez seria suficiente e definitivo. Basta agora aceitá-Lo pela fé e pronto! Assim, desde a morte de Jesus, tudo já está consumado: a Salvação eterna, a vida abundante, a cura divina, enfim, tudo!

Vale lembrar, porém, que a prática não tem sido assim. Muitas igrejas evangélicas estão apinhadas de gente que confessa: “O Senhor é meu pastor, nada me faltará” (Salmos 23.1). Mas, infelizmente, tem faltado tudo, inclusive a paz de espírito. Por quê? Onde está a falha? Na Palavra de Deus, no pastor ou na Igreja?

Na verdade, o ensinamento de doutrinas humanas tem sido o grande entrave para que as promessas divinas se cumpram, pois, para vencer, devemos tomar como exemplo os atos de fé dos grandes heróis da Bíblia. O problema é que muitos cristãos querem o cumprimento das promessas de Deus sem o exercício da fé e do sacrifício e isso é impossível.

Deus abençoe a todos.

Bispo Edir Macedo

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